quinta-feira, 29 de abril de 2010

2MCSNPP/Trabalho prático do final do primeiro semestre 2010 - REFILMAR UM COMERCIAL + STORY BOARD + PRODUÇÃO

TECSOIPP – Técnicas de Som e Imagem em Publicidade e Propaganda

2MCSNPP - Turmas D1 e D2

Trabalho: Refilmar um comercial, fazer um story board, inventário da produção

Valor do trabalho: 0 a 6,0 pontos


O TRABALHO

1) Dividir a sala em grupos de 4 a 6 alunos. Entregar a relação dos nomes e RA aos professores José Edward ou Rosa Itálica.

2) Escolher um comercial recente ou não, que tenha no mínimo 30 tomadas.

3) Desconstruir o comercial (elaborar um roteiro decupado) e fazer o seu STORY BOARD

4) Desenhar (colocar fotos ou colagens) de cada um dos 30 quadros (tomadas) do comercial. Ao lado dos desenhos descrever:

4.1 – O local aonde a história do comercial ocorre.
4.2 – Se é dia ou noite. Se chove ou faz sol.
4.3 – A ação (nos mínimos detalhes) do(s) personagem (ns). Suas características físicas, vestuário.
4.4 – O diálogo. Dando indicações de clima, intensidade.
4.5 – A música.
4.6 – Ruídos de cena ou trilha sonora incidental.
4.7 – Descrever (se houver) o(s) movimento(s) de câmera.

5) Descrever, detalhadamente, em folha a parte, todos os elementos providenciados pela PRODUÇãO para concretizar a filmagem.

6) REFILMAR TOMADA A TOMADA – Descrevendo, em folha a parte, os locais usados para a REFILMAGEM e curiosidades, incidentes e como tudo foi resolvido. Pode ser filmado com qualquer tipo de câmera, inclusive celular.

7) EDITAR A REFILMAGEM. Em qualquer programa que o grupo souber manipular, inclusive o Movie Maker, do pacote Windows. Em casa ou na USJT em horário de aula,

8) SOM – Usar o recurso da legendagem caso o som tenha problemas de audição.

9) Ao final do COMERCIAL REFILMADO, colocar o nome de todos os participantes do grupo, colaboradores. Identificar a disciplina, orientação, a Instituição e datar: junho 2010.

10) Terminado o trabalho, salvar o material para mídia DVD, com extensão AVI. Ou outra compatível com o equipamento existente na USJT. Verificar se o DVD ou VCD “roda” antes de entregar. O DVD entregue deve ter um acabamento PROFISSIONAL ( material sem identificação, ou escrito a caneta, ou em pedacinho do folha solta, terá desconto na nota do grupo de 1,0 ponto).

11) Data final para entrega e exibição em sala de aula: 8/6/2010 (turma D1) e 9/6/2010 (turma D2).


Professores José Edward Janczukowicz e Rosa Itálica/TECSOIPP – 29 de abril de 2010.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

2MCSNPP/A Imagem Fotográfica Fixa Publicitária

A Imagem publicitária CONSTRÓI,com requintes de ARTIFICIALIDADE, a figuração da cena que será apresentada SEDUTORAMENTE ao consumidor, como condição de FELICIDADE.!" (Eduardo Neiva Jr, A Imagem)


1- CONSUMIDORES - A imagem publicitária (a fotografia publicitária) nos une na condição de consumidores, isto é, nossos sonhos, necessidades e as motivações conscientes e inconscientes.

2) BELEZA - A imagem publicitária (vale para a fixa e em movimento), queiram os puristas ou não, consegue na maioria dos casos alcançar resultados que são de uma beleza extraordinária. Em Publicidade, beleza é fundamental.

3)BELEZA FUNCIONAL - Na disputada pela preferência do consumidor, a fotografia publicitária, a imagem publicitária, deve transmitir, também, o conceito de beleza funcional: o desenho dos carros, a arquitetura de exteriores e interiores, as cores e as formas das embalagens, o formato dos produtos.

4) NÃO BASTA MOSTRAR - No início da publicidade em jornais (anos 20) e TV (anos 50/60), a simples imagem do produto era suficiente para motivar. Com a modernidade, globalização, a simples amostragem não basta para chamar a atenção do público. É preciso...

5) CATIVAR - Urge cativar o olhar inquieto e cada vez melhor informado do consumidor, que "teima" em correr/examinar, de produto em produto, de mercadoria em mercadoria, de idéia em idéia.

6) SENSAÇÕES FAVORÁVÉIS/ AGREGAR - Não basta mostrar. É preciso evocar /somar, cada vez mais, sensações favoráveis aos produtos. Um "exército infinito de elementos passa a compor a nova imagem publicitária, fixa ou em movimento: o sexo, a aventura, a liberdade, a jovialidade, o mistério, o bem estar ... despertando diversos apetites. O "exército de artifícios" só foi possível com o avanço técnico da fotografia (agora digital), os softwares de acabamento e de todos os estudos científicos visando descobrir quem é "o consumidor".

7) DESCOBRIR O INTERESSE - Tornar o banal em algo insólito. Descobrir o interesse no desinteresse, éis a árdua tarefa da imagem fotográfica publicitária. Afinal, que charme pode ter uma lata de óleo de cozinha? Ou um maço de cigarros?

8) HIPER-REAIS - "Parece até de verdade", "Dá vontade de comer", "Que sede" - expressões diante de uma foto ou comerciais de TV. A fotografia publicitária que provoca tais reações é mais do que real. ´Hiper-real. A lata de óleo de cozinha que desperta nossa vontade de comer salada só existe na fotografia. Se confrontada com a real, se notará que o produto FOTOGRAFADO é mais BELO do que o encontrado num supermercado.

9) RECURSOS- Foram necessários muitos recursos e artifícios para tornar a lata de óleo hiper-real: efeitos de iluminação, o foco da câmera (muito mais acurado que a visão humana). E, sobretudo um paciente trabalho de maquiagem (tratamento com Photoshop). Vamos somar também que o fotógrafo publicitário busca o melhor ângulo. E o Photoshop tem como função encobrir e corrigir eventuais "defeitos" do produto, comuns em qualquer produto fabricado em série.

10)MAIS DO QUE O PRODUTO - A imagem fotográfica publicitária tem a função de vender mais do que o produto. Ao comprar um jeans, queremos a liberdade e a juventude que foram "incorporados" ao produto.

11)EVITAR A MESMICE - Na fotografia do automóvel, desejamos também o romance. A composição da foto deve sair da mesmice do dia-a-dia. Mostrar o veículo como uma real opção de "uma nova vida". Para isso, deve evitar reflexos indevidos e fundos feios.

12)O PALADAR - Na fotografia de sorvete, além do frescor que o produto deve provocar, queremos todas as alegrias do verão.


13) COMPORTAMENTO - Na fotografia de moda, é preciso "mostrar a roupa". A foto deve incluir um comportamento, uma atitude, de quem vai usar a roupa. Muitas vezes, o erotismo e a sensualidade são componentes indispensáveis

14) FOTOGRAFIA GASTRONÔMICA - O fotógrafo tem que passar não só a beleza do prato, mas também a vontade de fazê-lo e comê-lo.

15 – FOTO ESPORTIVA, DE AVENTURA _ É fundamental que o visual mostrado “desperte” no receptor a vontade de praticar o esporte/aventura focalizado.

16 – SUPRIR CARÊNCIAS – Muitas fotos publicitárias prometem abundância, prazeres, juventude, amor, rejuvenescer e perene felicidade. Pois, de fato, não desejamos ser fortes, saudáveis, belos, inteligentes e amados?

17 – IDEAL DE PERFEIÇÃO – Se um dia transformasse-se em verdade tudo o que as fotografias comerciais prometem, a sociedade ocidental (aquela parcela que consome) teria, certamente, alcançado o seu ideal de perfeição.

18 – MULHER E O IDEAL DE BELEZA – A imagem dominante da feminilidade na propaganda é o ideal da beleza e da forma. É a transição da mulher doméstica (sem deixar de sê-lo) para a mulher fascinante, executiva, vencedora.

19 – BELEZA/COMPETIÇÃO – Esse ideal de beleza globalizado transforma a mulher numa intensa competidora (leia-se: consumidora). Competição mediante a aparência e atitudes pela atenção do marido, namorado, patrão, do emprego, de possíveis fantasias sexuais (sem trair, é claro! TRAIR NÃO PODE!).

20 – MULHER ATIVA – Ainda que o ideal de competição, via propaganda, veja a mulher quase sempre como um elemento passivo (espera o reconhecimento do homem, sua cantada), a “mulher de hoje” também é retratada como bastante ativa. Mesmo que o ativo, na prática, signifique “pique” para enfrentar dupla ou tripla jornada de trabalho.



21 – NÃO EXISTE BELEZA NATURAL – Muitas fotos publicitárias apresentam um ideal de beleza feminina que não reconhece como qualidade a beleza resultante de características naturais. É como se o comercial ditasse a norma: Nenhuma mulher pode atingir o ideal de beleza sem comprar em tais lojas, tais produtos, aplicar e usar cosméticos, malhar, ter o cuidado na escolha do modess.

22 – O IDEAL DA MASCULINIDADE – Raramente em comerciais ou em fotos publicitárias fixas se vêem homens na publicidade dirigida às mulheres. Mas quando aparecem, são geralmente do tipo gentil, amistoso, compreensivo (menos macho!)paciente, ótimo pai de família, companheiro. É também nos comerciais dirigidos às mulheres que encontramos o “novo homem”, onde as mulheres aparecem dando apoio e incentivo, “à medida que eles vão saindo da toca e admitem ter emoções e medos.”

23 – HOMENS E APARÊNCIA – Também os homens são “incentivados” a adquirir produtos para melhorar sua aparência. Enquanto o “ideal feminino” rejeita os traços naturais do corpo da mulher (cabelo, olhos, pele, dentes, unhas, lábios, corpo), os produtos de beleza oferecidos aos homens pretendem, em muitos casos, meramente acentuar os traços naturais do corpo masculino, e não transformá-lo.

24 – SENHORES DA TECNOLOGIA – A esfera própria dos homens, nas fotos publicitárias e filmes publicitários, é a palpitante vida de quem toma as principais decisões da sociedade. Como senhores da tecnologia, eles manipulam os sérios e complexos negócios da vida. Sem perder a ternura, claro!

Prof. José Edward - Prof. Rosa Itálica - 2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

2MCSNJO/WWW.RICKARDO.COM.BR/FOTOJ

A referência básica do curso de Fotojornalismo.



1) O site WWW.rickardo.com.br/fotoj foi criado pelo professor titular da matéria Fotojornalismo, Ricardo Seyssel. Com atualizações constantes, o site é a referência principal de qualquer professor que for ministrar a matéria na Universidade São Judas Tadeu.

2) Responsável pela disciplina de Fotoj na unidade Butantã, eu, prof. José Edward, recomendo constantes visitas ao site WWW.rickardo.com.br/fotoj


3) Ali, os alunos do 2MCSNJO irão encontrar as matérias que servirão como base para a nossa Avaliação de Conteúdo do primeiro semestre. A saber:
- Realidades Construídas,
- Olho, Máquina e Coração
– Da Fotografia Analógica à ascensão da Fotografia Digital.
Mais textos suportes para a disciplina:
- A Margem de Interpretação e a Geração de Sentido no Fotojornalismo
- Fotojornalismo , de Jorge Pedro Sousa
- História da Fotografia (Datas/Acontecimentos)
- Uma História Crítica do Fotojornalismo, de Jorge Pedro Sousa
-O Pioneiro da Fotografia no Brasil

4) No site WWW.rickardo.com.br/fotoj você encontrará os temas tratados em sala de aula em sua total amplitude: História da Fotografia, Câmara Fotográfica, Enquadramento e Composição Fotográfica, Iluminação, Gêneros Jornalísticos (que veremos no segundo semestre), Ética no Fotojornalismo.
5) Vocês poderão apreciar dois ensaios fotográficos belíssimos: Juca Varella e Thomas Lekfeldt. Aulas de fotojornalismo. Aulas de percepção.

6) Completando o site, o Plano de Ensino e os seguintes links e tutoriais: Apostila Adobe Phtoshop 6/7, Ajuda Adobe Photoshop CS3, Curso Info Adobe Photoshop CS3, Manuais das Nikon D40 e D50, Tutorias sobre Fotografias Digitais, Câmara Virtual.


Universidade São Judas Tadeu – 2010
Prof. José Edward

2MCSNPP/2MCSNJO/"JANELA DA ALMA"

Uma instigante reflexão sobre a percepção da realidade, a tênue fronteira entre o VER E o NÃO VER, e os caminhos cujas veias foram abertas através da Educação do Olhar e dos demais sentidos.


Resumo:
JANELA DA ALMA é um dos documentários mais premiados do cinema brasileiro. Poético, lúdico e surpreendente, o filme reúne celebridades como o prêmio Nobel José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta alemão Wim Wenders, o fotógrafo cego Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sachs entre outros 14 entrevistados. Os depoimentos são revelações pessoais e inesperados sobre vários aspectos relativos da visão e da percepção (educação através de todos os sentidos): o uso de óculos e suas implicações sobre a personalidade; o significado de VER OU NÃO VER, um mundo saturado de imagens e a importância das EMOÇÕES como elemento transformador da realidade – SE É QUE ELA É A MESMA PARA TODOS.



JANELA DA ALMA/ Principais momentos

1) JANELA DA ALMA começa com a tela escura. Sem luz. Acendem um fósforo: luz. Aparece a imagem. Bíblico. Revelador: somente vemos o mundo quando temos a luz para iluminá-lo. Gravetos pegando fogo. Um giro no anel da objetiva e o fogo vira outra imagem, algo gráfico, que parece fogo mas agora é outra imagem. A mesma imagem pode ter leituras diferentes e significados diferentes dependendo do ponto de vista, da luz, da objetiva e do repertório de quem olha.


2) O músico Hermeto Pascoal diz que é difícil manter a mesma direção do olhar “porque a vista dele dança”. Temos que aprender que a nossa vista, instintivamente, dança, busca superar o pequeno ângulo da nossa visão. Cabe ao publicitário a busca do fixar o olhar no essencial. Pascoal completa: “que vista rica...”. A vista é rica. A função do fotógrafo é escolher o melhor da imagem, o conjunto que melhor sintetiza aquele momento. Escolher é opinar. E só é possível ter uma opinião mais apurada QUANTO MAIS APURADO FOR O NOSSO REPERTÓRIO.



3) O escritor José Saramago diz que “Nós não temos os olhos como a águia e o falcão”. Explica, brilhantemente, como Romeu não amaria Julieta e qual a limitação dos nossos olhos. Não quer dizer da câmera.


4) “Se o olho é a Janela da Alma, então você tem que olhar por essa janela com outro olho. E esse outro olho também é uma janela. A janela não olha. Quem olha é um outro olho através da janela.” A reflexão de Antonio Cícero é fundamental para a EDUCAÇÃO DO OLHAR. Quem olha não é o seu olho físico. Mas o seu OLHO REPERTÓRIO. E se você não tiver, não cultivar (EDUCAR) dia-a-dia o seu repertório, VOCÊ VERÁ POUCO OU NADA!


5) “Felizmente, a maioria de nós é CAPAZ DE VER COM OS OUVIDOS DE OUVIR E VER COM O CÉREBRO, COM O ESTÔMAGO E A ALMA. Creio que vemos em parte com os olhos, mas não exclusivamente.” Reflete, brilhantemente, o cineasta Wim Wenders.


6) O fotógrafo cego Evgen Bavcar: “As vezes, percebo por mim mesmo, ou escuto e oriento a máquina em direção à voz. Ás vezes, alguém me conta, às vezes são os livros que me contam, às vezes, é meu coração que me conta... É preciso tentar existir por si mesmo.”


7) “Você nunca se descobre pensando (imagens) fora de foco. A idéia do fora de foco , num mundo nosso visual, é muito grave. O mundo está fora de foco ou eu estaria? Fora de foco pode e é uma metáfora de “falta de repertório”.


8) “A primeira vez que eu coloquei óculos, foi notar a quantidade de detalhes que se vê e eu não via.”, conta Antonio Cícero. “Quando coloquei os óculos e vi a multiplicidade de que era composta uma árvore – que antes eu via apenas como uma massa -, aquilo foi uma descoberta maravilhosa. ÓCULOS: cultura, educação, novas experiências, viagens, aprender novas línguas, ler, ir ao teatro, ao cinema, educação formal e informal...).OLHAR MAIS EDUCADO. Melhor percepção. Mais repertório.


9) “Apesar de enxergar bem sem os óculos, e os procurava, sentia falta do enquadramento. Acho que (com óculos) a visão é mais seletiva. Temos mais consciência do que vemos de fato. Sem os óculos, tenho a impressão de ver demais (ou de menos, grifo meu). E não quero ver tanto, quero ver de forma mais contida (Objetiva, grifo meu)”. Wim Wenders.


10) “Antes eu via bem, depois passei a não ver. Não foi a realidade que me chamou a atenção para tal fato, foi o cinema. Assistindo um filme, eu percebi que não via em foco.” Walter Lima Júnior, cineasta. O cinema, nesse caso, deu repertório ao cineasta para se armar de óculos de poder assim ver melhor a realidade que o envolvia.


11) Oliver Sacks: “Se dizemos que os olhos são a janela da alma, sugerimos, de certa forma, que os olhos são passivos... e que as coisas (imagens) apenas entram. Mas a alma e a imaginação também saem. O que VEMOS É CONSTANTEMENTE MODIFICADO POR NOSSO CONHECIMENTO (repertório, grifo meu), nossos anseios, nossos desejos, nossas emoções, pela cultura, pelas teorias científicas mais recentes... Assim eu posso, também, ver com os olhos da mente.”



12) Arnaldo Godoy, deficiente visual:” Eu tenho que ficar ligado em outros referenciais: descida, subida, vira, barulho da rua.... eu vou construindo essas referências na idéia...”



13) Oliver Sacks: “Todos nós somos criaturas emocionais, e creio que todas as nossas percepções, as nossas sensações e experiências são carregadas, de emoção pessoal. Acredito que a emoção fique, por assim dizer, codificada na imagem...



14) O que é o olhar? Pergunta Arnaldo Godoy. É uma interpretação. Tudo o que a gente olha, a gente está mediado pelos nossos conceitos, pelos nossos valores... ATENÇÃO: SE O OLHAR É UMA INTERPRETAÇÃO, VOCÊ PRECISA DE ELEMENTOS (REPERTÓRIO) PARA EXECUTAR TAL INTERPRETAÇÃO. Caso contrário, você corre o risco de fazer uma “interpretação equivocada, parcial ou até completamente errada”.


15) José Saramago:” E se nós fóssemos todos cegos? Mas nós somos realmente cegos, cegos da nossa razão, cegos da nossa sensibilidade, cegos daquilo que faz de nós não um ser funcional da relação humana, mas o contrário, um ser agressivo, um ser violento, isso é o que nós somos... E o espetáculo que o mundo nos oferece é precisamente esse: um mundo de desigualdades, um mundo de sofrimento, sem justificação... é claro, com explicação, mas não tem justificação.”




16) José Saramago: “Vivemos todos num Luna Park audiovisual. Onde os sons se multiplicam, onde as imagens se multiplicam e onde nós, mais ou menos creio, vamos cada vez mais nos sentir perdidos. Perdidos, em primeiro lugar, de nós próprios. E em segundo lugar, perdidos na relação com o mundo.”


“Janela da Alma” – Direção João Jardim e Walter Carvalho. Distribuição: Europa Filmes. 73 minutos.


Uniersidade São Judas Tadeu - 2010
prof. José Edward

2MCSNJO/A IMAGEM FIXA: A FOTOGRAFIA e o FOTOJORNALISMO


O Ato fotográfico

A importância da fotografia como instrumento e indicador dos múltiplos caminhos de percepção da realidade

1) A fotografia, para o senso comum, não pode mentir. Nela, a necessidade de "ver para crer" é satisfeita. A foto é percebida como uma espécie de prova: atesta indubitavelmente a existência daquilo que mostra.

2) A fotografia como espelho do real. É a imitação (imagem) mais perfeita da realidade. Motivo: sua natureza mecânica, objetiva e quase natural. Nisso, a fotografia em seus primórdios se opunha ao trabalho da obra de arte, produto do trabalho, do gênio e do talento manual do artista. E da sua opinião.

3) Pintura X Fotografia. Walter Benjamin: A verdadeira vítima da fotografia não foi a pintura de paisagem, foi o retrato em miniatura. Ao mesmo tempo floresce no final do século XIX a argumentação que graças a fotografia, a prática pictorial poderá adequar-se àquilo que constitui sua própria essência: a criação imaginária isolada de qualquer contingência empírica. Eis a pintura libertada do concreto, do real, do utilitário e do social.

4) Um discurso típico do início do século XX: a transformação do real pela foto.

5) A fotografia não é unicamente uma reprodução mecânica, fiel e objetiva da realidade. Rudolf Arnheim: A fotografia oferece ao mundo uma imagem determinada ao mesmo tempo pelo ângulo de visão escolhido, por sua distância do objeto e pelo enquadramento. Ela reduz a tridimensionalidade do objeto a uma imagem bidimensional; e todo o campo de variações cromáticas a um contraste preto e branco.



6) Ainda Arnheim: Ela isola um espaço preciso do espaço/tempo e é puramente ( controvérsias, grifo meu) visual (as vezes sonora como no cinema falado), excluindo qualquer outra sensação olfativa ou tatil. (Posteriormente, em 1932, Arnheim revê parte dos conceitos aqui emitidos).

7) O significado das mensagens fotográficas é direcionado a determinada cultura (repertório). Ela não se impõe como evidencia para qualquer receptor. Sua recepção necessita de um aprendizado dos códigos de leitura. Todos os homens não são iguais diante de uma mesma foto. O dispositivo fotográfico é, portanto, codificado culturalmente.

8) A fotografia deixa de aparecer como transparente, inocente e realista por excelência.

9) É no próprio artifício que a foto vai se tornar verdadeira e revelar a verdade interior do ato fotográfico.

10) A fotógrafa Diana Arbus, nos anos 70, queria que seus modelos, em vez de assumir uma posição natural, que eles posassem. Contra a foto pedaço-de vida, da foto feita de improviso, Arbus joga a imagem convocada e construída (como o retrato, em fotojornalismo). É por meio da imagem plástica que os personagens querem dar de si mesmo, que o fotojornalista os leva a produzir a sua "verdade", a sua "autenticidade" (Estilo de muitas fotos de Sebastião Salgado)

11) Richard Avedon: Para mim, as fotos têm uma realidade que as pessoas não têm (não percebem, grifo meu). Só por intermédio das fotos é que conheço essas pessoas.


12) A técnica fotográfica postula um mundo descontínuo, composto de momentos irredutíveis. Para a fotografia basta um momento. Um momento que nunca mais se repetirá.

13) A fotografia é a imagem realista (crível, documental, histórica) de um original que não existe mais.

14) A particularidade da fotografia (e sua grande magia e contribuição) está em capturar aquilo que é tão imediato (nunca mais será o mesmo) que quase escapa do registro técnico, e certamente escapa – muitas vezes num mesmo dia - do nosso registro visual.


FOTOJORNALISMO

1) O que é fotojornalismo? Relacione fotojornalismo com:
2) Direito a privacidade,
3) direito à notícia, à verdade (doa a quem doer),
4) a formação da opinião do leitor/cidadão,
5) respeito aos direitos humanos,
6) respeito e manutenção inquestionável da democracia,
7) respeito e luta intransigente pela manutenção da liberdade de expressão,
8) Ética,
9) Ao direito de ir e vir.


Universidade São Judas TadeuT
TECSOIJ – Técnicas de Som e Imagem em Jornalismo
Prof. José Edward Janczukowicz - 2010

2MCSNPP/2MCSNJO/PNL/Canais de Comunicação

CANAIS DE COMUNICAÇÃO – PNL

Objetivo: reconhecer o potencial de recepção do receptor da mensagem publicitária e jornalística.

PNL – Segundo a teoria da Programação Neurolinguística, o homem pensa, sente e se comunica através de três canais de comunicação:

1) o Visual
2) o Auditivo
3) o Cinestésico (olfato, paladar, tato e percepção dos órgãos internos)

PNL – Tem suas origens na GESTALT, associada a terapias de regressão etária, hipnóticas e de níveis alfa. Embora sendo predominantemente empregado como uma terapia, seus elementos encontram aplicação ampla em áreas onde a comunicação é fundamental



1) O VISUAL

1.1 – o Visual registra o mundo a partir de imagens.
1.2 – Imagina o mundo globalizado.
1.3 – Na comunicação é o esteta, o artista, faz gráficos, desenhos.
1.4 – É didático, mostra, demonstra, exibe.
1.5 – Principais expressões: ver, olhar, observar, descobrir, colorida, perspectiva, imaginar, mostrar, demonstrar, apagar, aparência, arrumar.
1.6 – Contorno do mundo a partir da estética; visão de conjunto; criatividade; agilidade; valorização da beleza; limpeza; ordem e organização.





2) O AUDITIVO

2.1 – Seu universo: palavras escritas e ouvidas.
2.2 – O Auditivo descreve, explica, sintetiza.
2.3 – Fala bem, sabe ouvir, raciocina com facilidade, elogia, critica.
2.4 – Faz utopias teóricas, normatiza.
2.5 – Tem linguagem interior intensa. Muitas vezes fala consigo mesmo.
2.6 – Principais expressões: dizer, falar, ouvir, escutar, música, cantar, responder, gritar, alarme, papear, perguntar.




3) O CINESTÉSICO (movimento) e o SINESTÉSICO (mistura sensorial)


3.1 – Relaciona-se pelo contato físico , sensorial com os objetos.
3.2 – O Cinestésico é todo sentir, sentir cíclico, dialético, conflitual.
3.3 – Emoção, arrebatamento, agressividade, abertura, carinho, sensualidade. Tudo em ciclos. Altos e baixos. Euforia e depressão.
3.4 – Sente o seu universo interior e se comunica pela vivência e pela experiência.
3.5 – Para avaliar alguma situação, necessita sentir-se vivenciando-a. Sem isto, tem dificuldades para se posicionar.
3.6 – Principais expressões: sentir; sofrer; pegar; prazer; manusear; impacto; choque; acariciar; chutar; de pressa; de vagar; agressão; agradável; gostoso; salgado/doce.


4) JOGO TRIÁDICO
4.1 – O ideal seria que as pessoas desenvolvessem igualmente os três canais. Entretanto, diante do jogo triádico dentro de qual de manifesta a história pessoal de cada um, há uma acomodação hierarquizada da relação 2 X 1. Ou seja:
4.2 – Um canal torna-se mais consciente, e portanto predominante – oficial.
4.3 – Outro canal também apresenta bom nível de consciência e desenvolvimento - natural, muitas vezes competindo com o primeiro.
4.4 – Um terceiro canal é o menos consciente, menos desenvolvido – oscilante.
4.5 – O canal menos consciente não é um canal fraco. Quando se consegue atingi-lo, a tridimensionalidade se completa. E onde o que era e estava inconsciente passa a estar juntamente com os outros canais. Ele tem o poder de a “sede da transformação” e do “insight.



5) PNL E EDUCAÇÃO
5.1 – Há entre o professor e o aluno um circuito de comunicação em que, na maior parte do tempo, o mestre é o emissor e o aluno o receptor.
5.2 – No circuito da comunicação, o professor tem a obrigação de conhecer e controlar o processo para poder fazer-se entender.
5.3 – Pode ser um professor que trabalhe fazendo apenas discursos e entregando textos para análise. Será bem recebido pelos alunos auditivos e encontrará dificuldade de comunicação com os visuais e cinestésicos.
5.4 – Tendo consciência deste processo, o professor deverá usar outros recursos para completar a informação. Ele poderá acrescentar esquemas, gráficos, audiovisuais, para se comunicar com os visuais. E exercícios, dramatização, painéis e atividades práticas para se comunicar com os cinestésicos.


Material extraído do texto-base ministrado em sala pelo prof. Antonio Carlos de Almeida – que nos autorizou o uso - e em cujo site os senhores e senhoras encontram o teste completo que poderá ajudá-los a perceber qual é o seu Canal de Comunicação predominante.

Prof. José Edward / Prof. Dra. Rosa Itálica/ 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

2BCSNJO/FOTOJ - trabalhos, datas, notas

Universidade São Judas Tadeu – Butantã – primeiro semestre 2010

JORNALISMO
Matéria: FOTOJ – Fotojornalismo
Prof. José Edward

COMPOSIÇÃO DAS NOTAS E TRABALHOS DO PRIMEIRO SEMESTRE

1) Entrevista e apresentação com fotojornalista – 0 a 2,0 pontos
2) Avaliação de Conteúdo – 0 a 3,0 pontos
3) Ensaio fotográfico em grupo – 0 a 5,0 pontos


DATAS FINAIS/CONTEÚDO
1) Entrevista e apresentação do fotojornalista : 17/5/2010
P.S.: Qualquer dificuldade que uma dupla tiver para localizar o fotojornalista, me informe o mais rápido que puder. Estou na unidade Butantã às segundas e terças, sempre a partir da 17h. Ou pelos meus e-mails: edujancz@ig.com.br e edujancz@gmail.com

2) Avaliação de Conteúdo – prova dissertativa, com seis questões. Conteúdo: leitura e compreensão dos seguintes textos encontrados no site WWW.rickardo.com.br/fotoj:
- Realidades Construídas
- Olho, Máquina e Coração
- Da fotografia analógica à ascensão da fotografia digital
MAIS:
Conteúdo ministrado em sala de aula.
DATA: 31/5/2010

3) Entrega do ensaio fotográfico com grupo: 7/6/2010

FORMAÇÃO DOS GRUPOS E PAUTA PARA O ENSAIO FOTOGRÁFICO EM GRUPO
1) Dividir a sala em grupos de 5 a 7 alunos
2) Na aula de 26/4/2010, me entregar a relação dos grupos
3) Nesta mesma aula, 26/4/2010, começarei a discutir a pauta dos ensaios com os grupos.


FOTOJ
Prof. José Edward – 20/4/2010

2MCSNPP/2MCSNJO/Técnicas de Som e Imagem - Linguagem Cinematográfica


Linguagem cinematográfica
A imagem fotográfica sonora em movimento




1) Considerado como a sétima arte, a arte da imagem em movimento, o cinema nasceu em 28/12/1895.

2) É a arte que faz a síntese de todas as outras manifestações de arte e parcerias correlatas.

3) Um filme soma fotografia, pintura, arquitetura, a encenação e o som teatral, a música, o ruído, o vestuário, a dança, a mímica, a história, a geografia, a publicidade, efeitos especiais , os avanços científicos, as descobertas psicológicas e a tecnologia “de ponta” de todos os setores ligados à comunicação de massas.

4) O que diferencia o Cinema das outras Artes? A possibilidade de nos levar a ver (estar) a mesma cena de dois, três ou mais pontos de vista.

5) Linguagem – Conjunto de regras que dão ao cinema a sua própria e exclusiva maneira de “falar”, contar histórias, divulgar produtos”.

6) A linguagem cinematográfica é a base da linguagem visual adotada nos filmes comerciais, documentários, reportagens, novelas de TV.



7) Elementos da linguagem cinematográfica


7.1) Planos , cenas e seqüências ; ângulos; movimentos de câmara; realização; continuidade; montagem e finalização.



8) PLANOS – Os planos são o vocabulário básico que o cinema usa e exercita a sua linguagem para contar uma história.
Diferente do teatro, onde a proporção do quadro da peça é sempre a mesma, o cinema fragmenta a realidade para melhor contar a sua história.


8.1) – Um filme é a soma de todos os PLANOS, CENAS E SEQUÊNCIAS.


9) Um PLANO é um enquadramento que demarca determinada área de recorte de um elemento humano (ou grupo) que está sendo filmado.



10) O PLANO, entre outras teorias, tem origem na nossa maneira de olhar. Exemplo: se você conversa “face to face” ,vê o PP – Primeiro plano. E não o resto do corpo.


11) A Linguagem cinematográfica segue o comportamento do “nosso olhar”. Isso explica a facilidade com que as pessoas acompanham um filme, não estranhando ( as vezes nem percebendo) a constante mudança de planos.


12) OS PLANOS- indicação de funções e significados.

12.1) – PGC (Plano de Grande Conjunto) – tem a função principal de contar “aonde a história acontece. É um plano geográfico, descritivo. O ator pode estar presente, mas a importância é predominantemente do local. O PGC, eventualmente, ganha função dramática, quando o ator é visto “minúsculo” fugindo de uma avalanche, ou “como um ponto insignificante de uma metrópole.

12.2) PG (Plano Geral) – Tem a função de identificar o local: casa, prédio, estádio de futebol, igreja aonde a ação do filme acontece. Ainda é um plano descritivo, arquitetônico. O ator pode estar presente, mas é ainda figura menor.

12.3) – PC (Plano de Conjunto) – O ator ou atores aparecem de corpo inteiro. É plano descritivo. Porém, o elemento humano aparece e se apresenta.


12.4) – PA (Plano Americano) – Mostra o personagem do joelho para cima. É comum nos filmes americanos. O cenário começa a sair de cena e dá mais destaque ao ator, sua roupa, gestos, postura.

12.5) – PM (Plano Médio) – Mostra o ator da cintura para cima. É um plano de razoável teor dramático. Espelha a emoção do personagem e permite que o ator use o recurso da gestualidade, expressão facial.

12.6 – PP (Primeiro Plano) – Mostra o ator dos ombros para cima. É um plano de evidente teor dramático, visto que toda a expressão do rosto do ator enche a tela. No “face to face” você fica atento à voz da pessoa, as suas reações faciais, uma lágrima que cai, um sorriso, a cor dos lábios, a beleza dos seus dentes.


12.7) PPP (Primeiríssimo Plano) – Ou close. Em campo (na tela) aparece a boca, os olhos, o sorriso, a lágrima. Plano de forte poder expressivo.

12.8) PD (Plano Detalhe) – É usado para mostrar objetos, não o ser humano. Mostra uma faca, um revólver, uma rosa, uma chave, uma granada que vai explodir.


13) Plano, Cena, Seqüência

13.1) Plano. É a menor porção de um filme. Uma célula. O encadeamento ( a orquestração) entre os diferentes planos é como o cinema conta uma história. Se caracteriza pela porção do ator ou atriz que recorta.

13.1.1) Tecnicamente é a imagem produzida desde que eu “ligo” a câmera e começo a filmar, até o momento em que eu corto, paro de filmar.


13.2) Cena. É uma ação dramática, que acontece num cenário fixo, composta por vários planos. Ex.: um jantar em família.

13.3) Seqüência. É uma ação dramática com começo, meio e fim, que acontece num mesmo local, em ambientes diferentes. Ex.: O mesmo jantar com desdobramentos da ação na cozinha, no jardim.

13.4) – Plano Seqüência – É um tipo de plano especial, muito usado pela cinema, que busca um efeito visual específico: não dar uma pausa para o espectador respirar e manter a ação contínua.

13.4.1) - Sem corte. É um plano que, mesmo variando a sua proporção dentro do quadro, somando movimentos de câmera com a encenação dos atores, ele não tem nenhum corte, nenhuma interrupção.

13.4.2) Parte de um PLANO.

13.4.3) Ao acompanhar atores e ações específicas, caracteriza uma CENA.

13.4.4) E somando várias ações que apresentam uma fato com começo, meio e fim, ele vira uma SEQÜÊNCIA. De PLANO a PLANO SEQÜÊNCIA, sem corte nenhum.

13.4.5 ) “Festim Diabólico”. É considerado o primeiro filme da história do cinema filmado em um “único plano seqüência”. Foi realizado em 1948 pelo genial diretor Alfred Hitchcock. Em seus quase noventa minutos, o filme “parece” não ter nenhum corte.

14 – Ângulos de Câmera

14.1 – Câmera Normal – A câmera repete o ponto de vista dos nossos olhos, considerando os dois personagens em pé, um de frente para o outro.


14.2 – Câmera Alta – O ponto de vista de um personagem é superior ao do seu antagonista. Pode ser apenas ângulo de localização, bem como um efeito dramático : o vencedor (de cima) olha o vencido ( em baixo).


14.3 – Câmera Baixa –A Câmara filma praticamente no chão e mostra a visão do personagem vencido. Pode ser apenas um ângulo de localização. Como ter o efeito dramático de mostrar a superioridade e imponência do vencedor.



15 – Movimentos de Câmera
Os movimentos de câmera se baseiam, praticamente, em nossos movimentos e no movimento percebido pelo nosso olhar.

15.1 – Panorâmica (Pan) – A câmera não sai do seu eixo. Acompanha o deslocamento de um personagem ou cenário que queremos mostrar por inteiro. Pode ser da esquerda para a direita, ou da direita para a esquerda.


15.2 – Travelling – Viajar ao encontro de ... No caso do travelling, a câmera obrigatoriamente tem que sair do seu lugar. Pode ser um travelling in, quando representa o movimento do personagem indo de encontro até o antagonista. É travelling out quando o personagem está próximo do antagonista e recua. Neste movimento de ir ou vir, o fator dramático pode ser intenso, visto que a câmera “não desgruda ‘os olhos’ do personagem e colhe todas as suas reações.”

15.3 – Travelling de acompanhar 1 – A câmara está posicionada próximo das costas do personagem ou na sua frente. Quando ele caminha, corre, a câmera também corre, mantendo sempre a mesma proporção do ator em campo.

15.4 – Travelling de acompanhar 2 – A câmera está posicionada ao lado do personagem. Ele anda, a câmera anda. Ele corre, a câmera corre, não permitindo ele sair do quadro. Ou escolher a hora para “permitir que ele saia do quadro”. A intenção dramática e não desgrudar do personagem, “pegar no seu pé”.

15.5 – Zoom – Não é um efeito conseguido com o deslocamente da câmera. E sim um efeito de movimento produzido pela lente zoom. Girando o anel da lente zoom, você dá a impressão de se aproximar do antagonista, é o zoom in . Girando o anel em sentido contrário, você tem a impressão de que você se afasta do antagonista. É o zoom out.


15.6 – DIFERÊNÇAS FUNDAMENTAIS – A panorâmica e o travelling registram imagens em movimento que se assemelham ao que nossos olhos vêem. O movimento conseguido ao girar o anel da lente zoom é mais mecânico, sem falhas ou tremidas de câmera. Parece até um movimento falso, de tão perfeito e simétrico.



16 – Roteiro
É o filme escrito. Descrição de atuação do atores, diálogos, locações, se é dia ou noite, chove ou faz sol, sons ambientais.

16.1 – Roteiro decupado - É o filme escrito em linguagem cinematográfica: planos, cenas, seqüências, movimentação dos atores, diálogos.

16.2 – Story-Board – É uma peça contendo os desenhos, cena a cena, em cores, do comercial criado e enviada pela agência de publicidade para aprovação do cliente. Contém imagens (não decupadas) idéias de diálogos, cenários, música, ruídos, características dos atores e seus respectivos personagens.

16.3 – Shooting-Board – Aprovado pelo cliente, o comercial é decupado e desenhado (servindo para orientador na hora da filmagem). Aponta, com precisão, como todos os planos devem ser filmados, diálogos, narração, movimentos de câmera, sons e secundagem da cada plano.


17 – Produção
17.1- Tudo – Equipe de profissionais encarregada de providenciar TUDO, TUDO MESMO, que será usado durante a filmagem.

17.2 – Mais – Locações, alimentação, transporte dos atores.

17.3 – Fundamental – Com base no roteiro, e prevendo refilmagens de alguns planos, a produção deve ter o cuidado de providenciar elementos de cena em duplicata ou triplicata.


18 – Filmagem

18.1 – O diretor – É o responsável pela realização do filme. Cabe a ele escolher a equipe técnica e conseguir uma atuação perfeitamente integrada entre todos.

18.2 – A equipe - Diretor de Fotografia, Operador de Câmera, Assistente de Câmera, Maquinista, Eletricista, Diretor de Produção, Técnico de som direto, Maquiador, Cabelereiro, cenógrafo, figurinista e continuista.


19 – Continuidade

19.1 – Realismo – Profissional de extrema importância na filmagem. Ele é o responsável por manter a “continuidade de ação”, como se o filme fosse realizado em ordem contínua.

19.2 – Tudo mesmo – Deve observar a continuidade de: cenário, elementos de cena, a caracterização dos atores, desde o ator principal até o time de extras que trabalha em segundo e terceiro plano.


20 – Montagem (ou edição)

20.1 – Função básica – Reunir planos, cenas e seqüências na ordem estabelecida pelo roteiro original.

20.2 – Quando acontece ? – Depois que tudo foi filmado. E a trilha sonora está pronta ou sendo finalizada.

20.3 – Equipe de montagem – Nos filmes de longa-metragem americanos você tem, basicamente, o responsável pela edição e montadores específicos: música, ruídos, efeitos sonoros especiais, ruídos ambientais...

20.4 – A montagem final - Acontece quando os editores “juntam” todos os “pedaços filmados” . Adicionam ou corrigem diálogos. Mixam a música, efeitos sonoros, ruídos ambientais.


20.5 – Montagem e ritmo – É através da montagem que o filme ganha seu ritmo próprio. Uma comédia pastelão, amalucada ou filmes de ação “pedem” cortes rápidos. Já um filme de suspense ou romance pode “pedir” uma narrativa mais lenta.


20.6 – Tipos de montagem básicos – Linear: quando segue a cronologia dramática de um fato contínuo.
Paralela/alternada: duas ações acontecem “ao mesmo tempo” em espaços diferentes.
Flash-back: quando um personagem recorre à recordações do passado e as coloca no presente. Ex. Amnésia.


20.7 – Montagem, corte, passagem de tempo – Ao conceber um filme e preparar o seu roteiro, o diretor visualiza a sua montagem final. Sendo um filme o resultado da orquestração ou alternância de planos, o corte ou a passagem de tempo podem assim ser realizados:

20.7. 1 – Corte direto – Uma tomada substitui a outra imediatamente, sem nenhum intervalo ou recurso.

20.7.2 – Fusão – uma tomada é lentamente substituída por outra. O espectador vê as imagens se fundir: desaparece a imagem anterior e predomina a imagem nova. É uma passagem de planos elegante, muito usada em comerciais.

20.7.3 – Escurecimento e/ou clareamento – Finda uma ação, a tela escurece (noite). Há uma passagem de tempo para o dia seguinte (ou até vários dias depois). A cena recomeça com o clareamento (um novo dia que nasce). Indica delicadeza e um ritmo tranqüilo de narrativa.

20.7.4 - Foco/desfoco – É uma passagem de planos sem corte nenhum.

20.7.4 –Outros tipos de passagem de planos - Chicote. Cortina, relógio, calendário...




21 – Finalização

21.1 – Edição digital – Premiere, Final Cut
21.2 – Inclusão de créditos de abertura e créditos completos.
21.3 – Possíveis acertos de som e imagem.

Prof. José Edward (PP/JO)/ Prof. Rosa Itálica (PP) - abril 2010

domingo, 18 de abril de 2010

2MCSNJO/Fotojornalismo/textos em aula

FOTOJ- FOTOJORNALISMO


1) FOTOGRAFIA

Conceitos gerais, O personagem (fato), o fotógrafo (a foto) e os principais fatores e procedimentos.


1)FOTOGRAFIA
2)FOTO= LUZ
3)GRAFIA = REGISTRO
4) O ATOR PRINCIPAL
4.1) Enquadramentos, ângulos, planos, efeitos
5) REGISTRO= O FOTÓGRAFO comandando a CÂMERA (RECEBE A IMAGEM)
5.1) Diafragma, obturador, objetivas
6) CCD (charge-coupled device) – Fixar a imagem
7) REVELAÇÃO : Photoshop (quando necessário)






1 FOTO – LUZ

1.1 – Foto é LUZ.

1.2 – LUZ é uma das principais preocupações do fotógrafo a cada foto que ele for registrar.

1.3 – É necessário conhecer a LUZ.

1.4 – A LUZ pode ser NATURAL, EXISTENTE ou ARTIFICIAL.

1.5 – A luz NATURAL ou EXISTENTE eu não CONTROLO plenamente. A ARTIFICIAL eu CONTROLO.

1.6 – É fundamental para a EDUCAÇÃO DO OLHAR do fotógrafo ele ter o maior REPERTÓRIO das mil e uma facetas da luz NATURAL.






1.7 – A forma mais eficaz de EDUCAÇÃO DO OLHAR, relacionado à luz NATURAL, é OLHAR. Perceber DIFERÊNÇAS, CORES, FORMAS, VOLUMES, TEXTURA, MOVIMENTO, PROFUNDIDADE DE CAMPO (perspectivas)

1.8 – Exercícios simples mas muito objetivos na educação do olhar em face da luz NATURAL. Pressupondo um dia ENSOLARADO.

1.9 – Sente em qualquer lugar, diante de uma paisagem no campo ou cidade. Permaneça no local das 16:30 até às 19:30. Observe com cuidado como a imagem vai se DESFAZENDO diante dos seus olhos. Até, praticamente, desaparecer. Deixar de existir. Existindo.

1.10 – Faça o mesmo exercício, no mesmo local, entre às 5:00 até às 8:00. Observe o renascimento da imagem. Como a luz pinta (no sentido cor – com toda a gama de cores) o ambiente. Como lhe dá contornos (no sentido arquitetônico). Como a luz vai revelando todos os detalhes.
1.11 – Repita o mesmo exercício num dia NUBLADO. Num dia CHUVOSO. Num dia com NEVE caindo.

1.12 – Aprenda a observar os DIFERENTES RETRATOS que a LUZ NATURAL nos proporciona à medida que o dia vai passando.

1.13 – Observe os contrastes entre claros e escuros. As sombras. Os diferentes volumes.


1.14 – LUZ NATURAL EXISTENTE – É a luz encontrada no local de sua fotografia, geralmente interna, para distinguir da luz do sol.


1.16 – LUZ EXISTENTE NOTURNA (natural visto que não é o fotógrafo quem a produz) – É criada por uma variedade de fontes: mistura luz de janela, pontos de luz pública e reflexos.

1.17 – Quase sempre é irregular – formando dezenas de imagens. Algumas partes da cena podem estar bem iluminadas, enquanto outras ficam nas sombras.

1.18 – A luz existente noturna requer cuidadosa leitura do fotômetro e aprendizado de como medir as áreas da imagem.

1.19 – O problema mais comum com a luz existente noturna é a sua baixa intensidade. Mesmo com filmes rápidos (de maior ISO, atualmente megapixels), você terá de fotografar com velocidade de obturador muito baixa e diafragma totalmente aberto (menor profundidade de campo).

1.20 – Para fotos razoavelmente nítidas, firme a câmera num bom tripé. E faça a fotometragem corretamente, de preferência usando um fotômetro manual.


Turma 2MCSNJO - 19/4/2010